Rota das Bandeiras amplia sistema de combate a incêndios no Corredor Dom Pedro; 3º trimestre teve aumento de 20% nas ocorrências

01.10.2025

 

O Corredor Dom Pedro de rodovias registrou 260 queimadas no terceiro trimestre deste ano. O volume registrado pela Concessionária Rota das Bandeiras entre os meses de julho e setembro foi 20% acima do verificado no mesmo período do ano passado, quando o período mais severo da estiagem ocorreu no segundo trimestre. Para combater mais rapidamente as chamas que se alastram por áreas de mata às margens das rodovias, a Concessionária implementou recentemente duas medidas: o reabastecimento dos caminhões-pipa com o reuso da água de chuva, estocada nas praças de pedágio, e um sistema que transforma os veículos de inspeção em ‘mini’ pipas.

Com uma adaptação no processo de sucção, as cisternas das praças de pedágio, com capacidade de 40 mil litros, agora podem abastecer os oito mil litros do tanque do caminhão-pipa. Com os sete pontos fixos para reabastecimento, o atendimento de ocorrências se torna mais ágil. Antes, o veículo utilizava a água somente da base PGF do km 56 da rodovia D. Pedro I (SP-065), em Nazaré Paulista, e de empresas parceiras ao longo da malha rodoviária.

“Em incêndios de grandes proporções, é necessário reabastecer o pipa em meio à ocorrência. Ter estes pontos nas praças deixa o processo bem mais rápido. Também há um ganho ambiental com a medida. Estocamos a água no período de chuva e a utilizamos na época de estiagem. Antes o reuso ocorria somente para a limpeza da rodovia”, destaca o gerente de Operações da Concessionária, Murilo Perez.

O equipamento acoplado ao veículo de inspeção, por sua vez, é utilizado no combate a pequenos focos. Os 400 litros de água garantem 20 minutos de atuação. Além disso, os veículos que trafegam pelas rodovias de forma ininterrupta contam com abafadores, também úteis para conter pequenos focos de incêndio. Em ocorrências mais graves, a Concessionária conta com apoio do Corpo de Bombeiros.

Além das questões ambientais e de saúde, as queimadas representam um risco à segurança viária. Nuvens de fumaça na pista atrapalham a visibilidade e, em poucos segundos, motoristas podem perder a referência da estrada e dos veículos à frente, o que aumenta o risco de acidentes graves, como engavetamentos. Além disso, o fogo afugenta animais, que também podem provocar acidentes.

Apesar do crescimento recente de incêndios, o acumulado deste ano mostra uma melhora significativa: em nove meses, foram 390 queimadas, 27% a menos do que as 528 ocorrências em 2024.

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